Filosofia Moral
Aula 01
Introdução
A moral se constitui como um fenômeno genuinamente humano, pois é uma decorrência (direta) do processo de surgimento da Razão.
Até o momento presente, não há qualquer meio que ofereça condições para que se saiba quando, onde, e por que a Razão surgiu; contudo, consegue-se
perceber quais foram os seus desdobramentos e consequências.
Nesse sentido, a Razão se desdobrou em 3 dimensões:
1. Dimensão moral: consiste na dimensão em que são desenvolvidas as primeiras regras e normas de convivência coletiva; na dimensão moral, o principal aspecto decorre do processo de formação do “Eu”, que se constitui como o eixo, a base de formação da individualidade e, por conseguinte, da personalidade do indivíduo;
por meio desse processo, há uma dinâmica de reconhecimento mútuo das individualidades;
2. Dimensão técnica: corresponde ao desenvolvimento de meios, métodos e técnicas voltadas para a sobrevivência física;
3. Dimensão religiosa: corresponde ao reconhecimento (percepção) da existência de um Ser Supremo (fenômeno do Absoluto).
Introdução
A moral se constitui como um fenômeno genuinamente humano, pois é uma decorrência (direta) do processo de surgimento da Razão.
Até o momento presente, não há qualquer meio que ofereça condições para que se saiba quando, onde, e por que a Razão surgiu; contudo, consegue-se
perceber quais foram os seus desdobramentos e consequências.
Nesse sentido, a Razão se desdobrou em 3 dimensões:
1. Dimensão moral: consiste na dimensão em que são desenvolvidas as primeiras regras e normas de convivência coletiva; na dimensão moral, o principal aspecto decorre do processo de formação do “Eu”, que se constitui como o eixo, a base de formação da individualidade e, por conseguinte, da personalidade do indivíduo;
por meio desse processo, há uma dinâmica de reconhecimento mútuo das individualidades;
2. Dimensão técnica: corresponde ao desenvolvimento de meios, métodos e técnicas voltadas para a sobrevivência física;
3. Dimensão religiosa: corresponde ao reconhecimento (percepção) da existência de um Ser Supremo (fenômeno do Absoluto).
Aula 02
Entendimento da Moral
A moral, na condição de fenômeno, constitui-se como um fenômeno social, pois surge como derivação das relações sociais.
Contudo, na condição de objeto de investigação da filosofia, a moral é entendida como um conjunto de fatores que resultam em um processo de escolha, de conduta e de comportamentos.
A origem da palavra moral está ligada ao termo grego mor (no plural, mores), cujo significado consiste no entendimento acerca dos hábitos e costumes e demais condutas coletivamente aceitas (válidas).
Em contra-partida, há a ética, cuja origem etimológica do termo está ligada ao termo grego ethos, que significa hábitos e costumes.
A relação entre moral e ética é, portanto, constituída por 3 entendimentos distintos:
1) O primeiro entendimento compreende moral e ética como sendo um único fenômeno, como resultado do significado etimológico dos dois termos originais em grego;
2) O segundo entendimento compreende a ética como um fenômeno cuja aplicação ocorre nas relações coletivas e sócias; ao passo que a moral consistiria no mesmo
fenômeno, cuja aplicação ocorre na relação individual/subjetiva.
3) O terceiro entendimento compreende a ética como um método de investigação dos fenômenos morais, ou seja, consistiria na ciência da moral.
Entendimento da Moral
A moral, na condição de fenômeno, constitui-se como um fenômeno social, pois surge como derivação das relações sociais.
Contudo, na condição de objeto de investigação da filosofia, a moral é entendida como um conjunto de fatores que resultam em um processo de escolha, de conduta e de comportamentos.
A origem da palavra moral está ligada ao termo grego mor (no plural, mores), cujo significado consiste no entendimento acerca dos hábitos e costumes e demais condutas coletivamente aceitas (válidas).
Em contra-partida, há a ética, cuja origem etimológica do termo está ligada ao termo grego ethos, que significa hábitos e costumes.
A relação entre moral e ética é, portanto, constituída por 3 entendimentos distintos:
1) O primeiro entendimento compreende moral e ética como sendo um único fenômeno, como resultado do significado etimológico dos dois termos originais em grego;
2) O segundo entendimento compreende a ética como um fenômeno cuja aplicação ocorre nas relações coletivas e sócias; ao passo que a moral consistiria no mesmo
fenômeno, cuja aplicação ocorre na relação individual/subjetiva.
3) O terceiro entendimento compreende a ética como um método de investigação dos fenômenos morais, ou seja, consistiria na ciência da moral.
Aula 03
Atos morais
Muito embora se constituam, na verdade, como resultado final de um determinado processo de escolha, os atos morais, a fim de serem devidamente analisados enquanto fenômenos, são divididos em 2 categorias de compreensão:
a) Espécies de atos morais: que, por sua vez, possuem 3 categorias (atos morais, atos imorais e atos amorais);
b) Estrutura dos atos morais: que se constitui por meio da combinação de 3 elementos (formação, motivação e situação);
Fundamental ressaltar o aspecto complementar das 2 categorias.
Espécies de atos morais
Os atos morais são divididos em três espécies:
a) Atos morais: os atos morais são aqueles em que o sujeito possui conhecimento (ciência) da existência de normas e regras de convivência coletiva e escolhe, livre e voluntariamente, segui-las, pois reconhece a validade e importância de tais regras;
b) Atos imorais: de modo similar aos atos morais, os atos imorais são aqueles em que o sujeito possui o conhecimento (ciência) da existência de normas e regras de convivência coletiva e escolhe, livre e voluntariamente, não segui-las, pois não reconhece a validade e/ou importância de tais regras;
c) Atos amorais: ao atos amorais são aqueles em que o sujeito não possui o conhecimento (ciência) da existência de normas e regras de convivência coletiva.
Aula 04
Estrutura do ato moral
Muito embora o ato moral seja observado apenas na condição de resultado de uma conduta,a filosofia moral se interessa, na verdade, pelos elementos que formam (constituem) o ato mora; nesse sentido, a filosofia mora investiga o mérito (ou seja, o porque) de um determinado ato moral.
Como mencionado, o ato moral pressupõe uma ação praticada pelo indivíduo, que, uma vez praticada, apresenta um resultado. As razões (motivos) que dão origem ao ato moral é o objeto de estudo da filosofia moral; nesse contexto, os atos morais são constituídos pelos seguintes elementos: formação (derivado de fatores de natureza externa), motivação (derivado de fatores de natureza interna) e situação (derivado de fatores circunstanciais-momentâneos).
Teorias dos atos morais
a) Teoria determinista (determinismo): vale ressaltar que o elemento fundamental dessa teoria é a formação do sujeito.
Ao indicar a formação como elemento primordial do ato moral, o determinismo afirma que a estrutura moral do sujeito é formada, unicamente, pelas experiências adquiridas por este no decurso de um período de tempo.
Segundo essa teoria, o sujeito reflete (diretamente) as influências externas a que está sujeito, em particular, nos primeiros estágios de formação de constituição do caráter; tais influências vem, necessariamente, do meio externo e do meio ambiente em que o sujeito está inserido.
Como está condicionado (determinado) pelo meio em que está inserido, ao sujeito não seriam oferecidas opções alternativas de conduta, implicando dizer que ele não possui liberdade de escolha. Como possui apenas uma forma específica de conduta, toda forma de agir, para esse sujeito é válida, não havendo, portanto, qualquer referência aos conceito de certo e de errado. Não sendo o sujeito livre para escolher, conclui-se que ele não é responsável (moralmente) pelos resultados dos seus atos.
Estrutura do ato moral
Muito embora o ato moral seja observado apenas na condição de resultado de uma conduta,a filosofia moral se interessa, na verdade, pelos elementos que formam (constituem) o ato mora; nesse sentido, a filosofia mora investiga o mérito (ou seja, o porque) de um determinado ato moral.
Como mencionado, o ato moral pressupõe uma ação praticada pelo indivíduo, que, uma vez praticada, apresenta um resultado. As razões (motivos) que dão origem ao ato moral é o objeto de estudo da filosofia moral; nesse contexto, os atos morais são constituídos pelos seguintes elementos: formação (derivado de fatores de natureza externa), motivação (derivado de fatores de natureza interna) e situação (derivado de fatores circunstanciais-momentâneos).
Teorias dos atos morais
a) Teoria determinista (determinismo): vale ressaltar que o elemento fundamental dessa teoria é a formação do sujeito.
Ao indicar a formação como elemento primordial do ato moral, o determinismo afirma que a estrutura moral do sujeito é formada, unicamente, pelas experiências adquiridas por este no decurso de um período de tempo.
Segundo essa teoria, o sujeito reflete (diretamente) as influências externas a que está sujeito, em particular, nos primeiros estágios de formação de constituição do caráter; tais influências vem, necessariamente, do meio externo e do meio ambiente em que o sujeito está inserido.
Como está condicionado (determinado) pelo meio em que está inserido, ao sujeito não seriam oferecidas opções alternativas de conduta, implicando dizer que ele não possui liberdade de escolha. Como possui apenas uma forma específica de conduta, toda forma de agir, para esse sujeito é válida, não havendo, portanto, qualquer referência aos conceito de certo e de errado. Não sendo o sujeito livre para escolher, conclui-se que ele não é responsável (moralmente) pelos resultados dos seus atos.
Aula 05
cont.
b) Teoria exitencialista (existencialismo): o determinismo possui como elemento fundamental a formação do sujeito. Na teoria existencialista, por sua vez, o elemento é a motivação.
Ao contrário do determinismo, a teoria existencialista entende que o sujeito não é influenciado por quaisquer fontes, sendo o sujeito, portanto, livre para elaborar suas escolhas.
Para o existencialismo, o sujeito já possui (naturalmente) as referências de CERTO e ERRADO, constituindo, em razão disso, um modo de agir consciente; na medida em que escolhe de modo livre, o sujeito é responsável (moralmente) pelos seus atos.
c) Teoria Situacionista (situacionismo): como o próprio nome indica, a teoria situacionista estabelece como elemento fundamental a situação;
Para a teoria situacionista, o entendimento acerca dos atos morais não deve ocorrer em razão de fatores externos (determinismo) ou de fatores internos (exitencialismo) ao próprio sujeito.
Na verdade, o situacionismo compreende o ato moral como resultado do momento em que o sujeito o pratica; de modo semelhante, o situacionismo não atribui qualquer relevância significativa aos fatores externos e/ou internos; de fato, o sujeito pode possuir ambos, mas o que condiciona, efetivamente, o processo de escolha é um “cálculo”entre os custo e o benefício do ato; de tal forma que o sujeito possa extrair deste o maior proveito e a maior vantagem possível.
cont.
b) Teoria exitencialista (existencialismo): o determinismo possui como elemento fundamental a formação do sujeito. Na teoria existencialista, por sua vez, o elemento é a motivação.
Ao contrário do determinismo, a teoria existencialista entende que o sujeito não é influenciado por quaisquer fontes, sendo o sujeito, portanto, livre para elaborar suas escolhas.
Para o existencialismo, o sujeito já possui (naturalmente) as referências de CERTO e ERRADO, constituindo, em razão disso, um modo de agir consciente; na medida em que escolhe de modo livre, o sujeito é responsável (moralmente) pelos seus atos.
c) Teoria Situacionista (situacionismo): como o próprio nome indica, a teoria situacionista estabelece como elemento fundamental a situação;
Para a teoria situacionista, o entendimento acerca dos atos morais não deve ocorrer em razão de fatores externos (determinismo) ou de fatores internos (exitencialismo) ao próprio sujeito.
Na verdade, o situacionismo compreende o ato moral como resultado do momento em que o sujeito o pratica; de modo semelhante, o situacionismo não atribui qualquer relevância significativa aos fatores externos e/ou internos; de fato, o sujeito pode possuir ambos, mas o que condiciona, efetivamente, o processo de escolha é um “cálculo”entre os custo e o benefício do ato; de tal forma que o sujeito possa extrair deste o maior proveito e a maior vantagem possível.